quarta-feira, 12 de junho de 2013

Opiniões dos alunos sobre o Projeto...


Na "despedida" deste ano letivo e das atividades previstas no projeto, os alunos expressaram a sua vontade de continuar a trabalhar neste "diálogo" entre Ciência e Literatura, no próximo ano letivo. As sua opiniões foram registadas num painel que ficou em exposição na BECRE, juntamente com outros trabalhos realizados pelos alunos de ambas as turmas nas disciplinas de História, Filosofia e Físico-Química.

sábado, 8 de junho de 2013

Nuno Camarneiro: o diálogo entre a Ciência e a Leitura

A presença do autor da obra "Debaixo de algum Céu", prémio Leya 2012, na biblioteca da ESBF significou o culminar de um conjunto de atividades que integraram o projeto que deu o nome a este blogue.
Depois de ter apreciado a exposição de peças criadas por alunos do 10º 2, na disciplina de Físico-Química, Nuno Camarneiro esteve à conversa com alunos e professores durante mais de uma hora, mostrando-se disponível para partilhar as suas experiências e os seus sucessos, ao mesmo tempo que incentivava os alunos a ler, escrever e sobretudo a viver com projetos mas sem abdicar da imaginação, tão necessária para construir os mundos à medida de cada um e para o qual a literatura é um instrumento imprescindível.


Autor de dois romances e de um blogue, onde publica algumas micronarrativas  e satisfaz de forma mais imediata a sua pulsão para a escrita, Nuno Camarneiro assume-se como um curioso - condição suprema do cientista e do escritor - sempre numa intensa atividade de busca de respostas para todas as questões que a vida nos coloca.

                                     “Uma história são pessoas num lugar por algum tempo. (…)
 Debaixo de algum Céu, p. 13 "A voz do narrador"

segunda-feira, 20 de maio de 2013

"Luz mensageira do Universo" - Poema


Numa vasta extensão de matéria e de ocidão (oco)
Todos somos,
Cobertos por um cobertor de reluzentes diamantes
Todos agimos

No decorrer banal de uma vida
A razão e a lógica erguem-se,
Quando os resultados são dúbios,
As questões por responder perpetuam,

Mortais tentaram encontrar resposta,
Inevitavelmente falharam na sua busca
Outros, limitam-se a contemplar tamanha questão
(Des)providos de imediata sabedoria,

“O que é que habitará para além do luar?
O qual todos nós vislumbramos sem perdão?”
Aquele tom de luz é especial no meu entender
Porque ilumina o ordinário, que passará para extraordinário

Que realidade, a aventura compreendida neste papel
Marca o início de uma nova etapa,
A luz que brilha á milhões de anos é que torna possível
O renascer das formas de vida,

E a mensagem universal,
Apenas é sentida pela luz,
Que ilumina a esperança de um novo começo,
     Que nunca incitará ao adeus.           
 (Luís Martinho, 10º 6)

Palestra - Professor Rui Agostinho


No dia 17 de maio realizou-se no Auditório da escola uma Palestra dinamizada pelo Professor Rui Agostinho, astrofísico, diretor do Observatório Astronómico de Lisboa, subordinada ao tema: "Luz, mensageira do Universo" e na qual estiveram presentes alunos das turmas 1, 2 e 6 do 10º ano, bem como um grupo de alunos do 11º 2 e do 9º 2.
Esta iniciativa está integrada no projeto "E o céu aqui tão perto..."



sexta-feira, 17 de maio de 2013

quinta-feira, 16 de maio de 2013

E a Terra aqui tão perto...

Imagem de um lago gelado na Mongólia 'cercado' por dunas de areia visto da Estação Espacial Internacional - cortesia do astronauta canadiano Chris Hadfield:


sábado, 4 de maio de 2013

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O filme mais pequeno do mundo

Aumentando a visualização dos átomos 100 milhões de vezes, utilizando técnicas de animação em stopmotion e recorrendo a um microscópio especial, que opera a uma temperatura de -268º Celsius, a IBM criou o mais pequeno filme de animação do mundo - A Boy and his Atom -, manipulando e posicionando os átomos, um a um, através de uma agulha.
Este é o filme, mensageiro de um admirável mundo novo digital:

Neste vídeo podemos ver a explicação deste processo:


segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mitos cosmogónicos



Síntese dos trabalhos do 10.º2 expostos

Na mitologia egípcia
As várias ideias da criação do Mundo foram mudando ao longo do tempo, apesar de se basearem na anterior teoria. Existem, pelo menos, 3 teorias importantes, a de Tot, de Ptah e de Ré.
Uma, conta que apenas existia um vazio, cheio de água, sem forma, em que nessa água existiam almas, que quando juntas, criavam formas físicas. A segunda, é quase igual à primeira, mas em vez de ter sido Atum a ter criado esse mundo, foi Ptah; e a terceira, mostra que no primeiro monte que “abriu” as águas, existiam flores de Lótus, que quando estes se abriram, Ré nasceu. Ré criou os deuses principais, que mais tarde vieram a criar o Homem.

Na mitologia persa
Existia um grupo de deuses ‘bons’ e um grupo de deuses ‘maus’. Ahura, Deus dos Deuses, criou o mundo, a água, a terra, o céu, mas juntamente com isso criou também, a Árvore Original, o Boi Branco e Gayomart, uma espécie de protótipo humano. Ahriman, Espírito do Mal, destruiu tudo, mas através desses 3 ‘protótipos’ nasceram as diferentes espécies de animais, juntamente com um casal. O Mal modificou os pensamentos dos Homens, fazendo-os pecar. Até que um profeta nasceu que espalhou a Boa Palavra. Durante este processo todo, existiam guerras. E como a lenda conta, a derrota do Mal dar-se-á no julgamento final da Humanidade.
(Síntese do trabalho executado por Bruno Andrade, Fábio Dias, Diogo Santos, Vasco Duarte)

Na mitologia chinesa
Pan Gu, divindade chinesa, vivia encarcerada numa esfera de escuridão e solidão. Um dia, ao ouvir a voz do imperador, rompe a bola onde se encontrava e afasta as duas metades desta tanto quanto pode, com medo de lá ficar outra vez. Tanto as afastou e durante tanto tempo que deu origem ao céu e à terra. Por fim, esgotado, morreu e do seu corpo nasceram todas as espécies.

Na mitologia japonesa
As primeiras divindades convocaram Izanami e Izanagi para serem estes a criar a terra. Para isso, deram-lhes uma lança incrustada com joias. Os deuses fizeram cair sobre o mar gotas de água que deram origem às primeiras ilhas. De seguida, casaram-se, e foi a partir deste acontecimento que foram criados os restantes deuses.
(Síntese do trabalho das alunas Ana Teresa, Teresa Fernandes, Marta Silva, Joana Lourenço)

Na mitologia africana
Destacam-se lendas de várias tribos: sobre a terra e o céu e como estes estavam ligados entre si; sobre o sol e a lua, a lenda de Mawu e Lisa,  que representavam o sol e a lua em que ambos eram apaixonados, mas de um amor proibido; os mitos de morte e como se pensava que a morte se originou numa corrida de um camaleão e os filhos de um deus muito poderoso.

Na mitologia judaica
Na mitologia judaica, a criação do mundo e a sua origem andava à volta de Deus; também é referido o mito do sexo e da morte, e mais uma vez Deus é um dos principais envolvidos neste mito; por fim, no mito de Lilith, esta era um demónio que aterrorizava homens e mulheres, e que por alguns é dito que esta foi a primeira mulher de Adão e que surgiu antes de Eva.
(Síntese do trabalho das alunas Andreia Barros, Catarina Coelho, Catarina Lago, Ana Rita Lúcio)

Na mitologia babilónica
Marduk, segundo os babilónicos, criou o mundo, o céu, as árvores, os rios e os humanos. Este processo não se encontrava completo até Marduk matar Tiamat, um dragão que espalhava o caos, a morte e o terror.
Dessa  difícil batalha, Marduk sai vitoriosa e isso dá-lhe fama e prosperidade neste mundo.
(Síntese do trabalho dos alunos  Sara Rodrigues, João Gomes e Filipe Lopes)

Na cultura Maia
Os Maias eram povos muito sofisticados que acreditavam na existência de vários mundos. Todas as suas profecias estão escritas num livro denominado Popol vuh, parecido com a Bíblia, e que começa com a criação do mundo e o apocalipse.

Na cultura Maori
Os Maori são um povo de origem polinésia que habitava a Nova Zelândia, desde o ano 800 D.C.. Acreditavam que a criação do mundo ocorreu durante uma série de períodos, mas sobretudo durante duas eras: Te Po (a eras das Trevas Desconhecidas) e Te Ao (a era da Luz).

Na cultura Chibcha
Os Chibcha eram povos que viviam nas terras altas, hoje chamadas de Colômbia. Acreditavam num deus supremo que se desfez em pássaros negros que levavam a luz a todo o mundo. Depois de iluminar o mundo, esta mesma divindade criou o sol e a lua.

Na cultura nativa norte-americana
Os povos indígenas acreditam em diversas histórias (que mudam de tribo para tribo) para explicar a origem do mundo. Entre estas, as duas mais populares e mais comuns são a história de dois irmãos que estavam à procura dos seus pais verdadeiros, e a história catastrofista do Grande Chefe.
(Síntese do trabalho dos alunos David Garcia, Fábio Baptista, João Bernardo e Nuno Lopes)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mitos - exposição durante a Semana Cultural

Cartazes elaborados no âmbito do programa da disciplina de Filosofia pelas turmas 10º 2 e 10º 6. e expostos durante a Semana Cultural.

A última ceia em 12/12/2012

Escrita e interpretada por alunos do 10º 2, a peça intitulada "A última ceia" foi encenada pelo professor de Português da turma, João Pedro Aido:

Sinopse da (micro)peça sobre o fim do mundo:

A última ceia

Uma família com dois filhos, classe média alta, uma empregada mexicana.
Apesar da crise, e como têm uma casa grande, decidiram ser uma família de acolhimento para dois estudantes estrangeiros.
Colocaram o anúncio na Internet, no sítio da universidade onde trabalha o pai, na ONG onde trabalha a mãe e na associação que faz intercâmbio de estudantes.  
Acabaram por receber um estudante de antropologia, de origem líbia, Malik Kadar, de 19 anos, e um rapaz budista americano de origem indiana, Ary Tsuy, de 17 anos.
As crenças da família são confrontadas, no dia a dia, com as das outras pessoas: o pai, Jorge Simões, 43, que trabalha num laboratório de nanotecnologia, é um cientista ateu apesar da educação religiosa que recebeu; a mãe, Fernanda Sousa, 38, responsável de uma ONG de voluntários que trabalham sobretudo em países africanos, é cristã mas não pratica – interessa-se mais pela rede de voluntários que a sua ONG tem em todo o mundo; a filha mais velha, Mariana, 16,  não liga à religião e interessa-se sobretudo pela sua rede de amigos e pelos estudos de filosofia, ainda que tenha um interesse particular no americano, Ary Tsuy, com ideias budistas; o filho mais novo, Martim, 10, é ainda uma criança, mas de personalidade forte, e prefere jogar com os amigos na PS3.
Um programa de televisão (um documentário sobre o fim do mundo), uma noite, gera uma discussão entre todos – a discussão é inconclusiva, porque as ideias não são consensuais (e cada um tem a sua).
O pai, ateu, cientista, utiliza o seu conhecimento científico para defender que o fim do mundo está inimaginavelmente longe. A empregada mexicana, Rosalinda Rodriguez, 43, que mantém uma relação secreta com Jorge, é a mais fervorosa – e percebe-se porquê: recorrendo às suas crenças religiosas, diz que, na verdade, o mundo irá acabar muito em breve, à meia-noite do dia 12 de dezembro de 2012; ela acredita mesmo que é o dia do fim do mundo, tal como se ‘mostra’ na televisão, e por isso quer estar junto daqueles que considera a sua família. Por sua vez, a mãe, invocando também as suas crenças religiosas, em que não parece acreditar muito, diz que o fim do mundo será quando o Messias descer à terra e derrotar o Anticristo, no dia do Armagedão, acreditando, no entanto, que o mundo espiritual nunca acabará. É neste mundo espiritual que acredita a filha – e os jovens não conseguem levar demasiado a sério esta ideia de fim, em que a ideia budista de recriação parece mais interessante.
A amizade entre todos, e o amor, sobrepõe-se às diferenças, que parecem, no entanto, irreconciliáveis. A vida parece triunfar: o líbio, a filha e o americano acabam por sair para se divertir. O pai ainda fica a trabalhar e a mãe recebe um telefonema de uma voluntária norueguesa. A empregada mexicana vai deitar a criança e fica a falar-lhe sobre o seu medo do fim. Conta-lhe uma história.
A criança adormece. E a empregada mexicana continua no sonho a contar-lhe a história do fim do mundo, agora cada vez mais próximo e em contagem ‘decrescente’. O momento do fim da contagem é também o momento do fim do sonho e a criança acorda. Afinal foi tudo um sonho?

 10º2, novembro de 2012


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Luz, mensageira do Universo:experiências com leitura


Os alunos do 10º6 deram voz às palavras de autores consagrados, como António GedeãoMia Couto, Clara da Costa. Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Sophia de Mello Breyner, Silvia Giovatto, Guida Linhares, Mª Teresa Neves e Herberto Hélder. Alguns, mais arrojados, partilharam os textos da sua autoria, intercalando com as experiências realizadas e apresentadas pelos colegas do 10º 2, à volta do tema "Luz, mensageira do Universo".



                                                          Poema de Tiago Costa (10º 6)


São rotas indefinidas
São raios de vida
Perdidos esquecidos
Na imensidão do nada
Viajando no Universo destemido
São eles os feixes de luz
Que para nós o Sol produz.

O primeiro debate e o filme "2001, Odisseia no Espaço"




O projeto já estava em curso há mais de um mês, depois de uma sessão de apresentação para a qual foi convidado um antigo aluno da escola, Rui Bastos, entusiasta colaborador do diálogo entre Ciência e Literatura e que terminou com um lanche temático, colorido e muito guloso, quando as duas turmas se encontraram no anfiteatro para um primeiro debate em torno da ideia de que é possível encontrar pontos de ligação entre o filme "2001, Odisseia no espaço" e o conto de Maria Judite de Carvalho, "Aquele azul". Não foi um exercício fácil, sobretudo pela densidade e extensão do filme mas alguns alunos participaram de forma bastante interessada.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Äta sova dö


Na segunda-feira, a turma 10.º2 vai ao Festival Internacional de Cinema Independente Indie Lisboa ver o filme Äta sova dö (Come, Dorme, Morre)de Gabriela Pichler:
Sinopse desta longa-metragem sueca: Rasa é uma jovem imigrante bósnia que trabalha numa fábrica na Suécia onde empacota legumes. Quando a administração decide despedir pessoas para diminuir custos, Rasa é uma das dispensadas. O seu mundo, a partir desse momento, nunca mais será o mesmo. Ela não é uma menina frágil, é mais rude do que encantadora, mas é uma filha dedicada, sociável e estimada pelos colegas. Perder o emprego vai obrigá-la a escolher entre estagnar, contentar-se com a pouca ou nenhuma oferta de trabalho ou abdicar dos amigos e abandonar o pai para recomeçar do início noutro lugar qualquer. Assustadoramente real e atual, este é também um retrato do sistema capitalista, da lógica do lucro e do consequente sacrifício do tecido social.