segunda-feira, 29 de abril de 2013

Mitos cosmogónicos



Síntese dos trabalhos do 10.º2 expostos

Na mitologia egípcia
As várias ideias da criação do Mundo foram mudando ao longo do tempo, apesar de se basearem na anterior teoria. Existem, pelo menos, 3 teorias importantes, a de Tot, de Ptah e de Ré.
Uma, conta que apenas existia um vazio, cheio de água, sem forma, em que nessa água existiam almas, que quando juntas, criavam formas físicas. A segunda, é quase igual à primeira, mas em vez de ter sido Atum a ter criado esse mundo, foi Ptah; e a terceira, mostra que no primeiro monte que “abriu” as águas, existiam flores de Lótus, que quando estes se abriram, Ré nasceu. Ré criou os deuses principais, que mais tarde vieram a criar o Homem.

Na mitologia persa
Existia um grupo de deuses ‘bons’ e um grupo de deuses ‘maus’. Ahura, Deus dos Deuses, criou o mundo, a água, a terra, o céu, mas juntamente com isso criou também, a Árvore Original, o Boi Branco e Gayomart, uma espécie de protótipo humano. Ahriman, Espírito do Mal, destruiu tudo, mas através desses 3 ‘protótipos’ nasceram as diferentes espécies de animais, juntamente com um casal. O Mal modificou os pensamentos dos Homens, fazendo-os pecar. Até que um profeta nasceu que espalhou a Boa Palavra. Durante este processo todo, existiam guerras. E como a lenda conta, a derrota do Mal dar-se-á no julgamento final da Humanidade.
(Síntese do trabalho executado por Bruno Andrade, Fábio Dias, Diogo Santos, Vasco Duarte)

Na mitologia chinesa
Pan Gu, divindade chinesa, vivia encarcerada numa esfera de escuridão e solidão. Um dia, ao ouvir a voz do imperador, rompe a bola onde se encontrava e afasta as duas metades desta tanto quanto pode, com medo de lá ficar outra vez. Tanto as afastou e durante tanto tempo que deu origem ao céu e à terra. Por fim, esgotado, morreu e do seu corpo nasceram todas as espécies.

Na mitologia japonesa
As primeiras divindades convocaram Izanami e Izanagi para serem estes a criar a terra. Para isso, deram-lhes uma lança incrustada com joias. Os deuses fizeram cair sobre o mar gotas de água que deram origem às primeiras ilhas. De seguida, casaram-se, e foi a partir deste acontecimento que foram criados os restantes deuses.
(Síntese do trabalho das alunas Ana Teresa, Teresa Fernandes, Marta Silva, Joana Lourenço)

Na mitologia africana
Destacam-se lendas de várias tribos: sobre a terra e o céu e como estes estavam ligados entre si; sobre o sol e a lua, a lenda de Mawu e Lisa,  que representavam o sol e a lua em que ambos eram apaixonados, mas de um amor proibido; os mitos de morte e como se pensava que a morte se originou numa corrida de um camaleão e os filhos de um deus muito poderoso.

Na mitologia judaica
Na mitologia judaica, a criação do mundo e a sua origem andava à volta de Deus; também é referido o mito do sexo e da morte, e mais uma vez Deus é um dos principais envolvidos neste mito; por fim, no mito de Lilith, esta era um demónio que aterrorizava homens e mulheres, e que por alguns é dito que esta foi a primeira mulher de Adão e que surgiu antes de Eva.
(Síntese do trabalho das alunas Andreia Barros, Catarina Coelho, Catarina Lago, Ana Rita Lúcio)

Na mitologia babilónica
Marduk, segundo os babilónicos, criou o mundo, o céu, as árvores, os rios e os humanos. Este processo não se encontrava completo até Marduk matar Tiamat, um dragão que espalhava o caos, a morte e o terror.
Dessa  difícil batalha, Marduk sai vitoriosa e isso dá-lhe fama e prosperidade neste mundo.
(Síntese do trabalho dos alunos  Sara Rodrigues, João Gomes e Filipe Lopes)

Na cultura Maia
Os Maias eram povos muito sofisticados que acreditavam na existência de vários mundos. Todas as suas profecias estão escritas num livro denominado Popol vuh, parecido com a Bíblia, e que começa com a criação do mundo e o apocalipse.

Na cultura Maori
Os Maori são um povo de origem polinésia que habitava a Nova Zelândia, desde o ano 800 D.C.. Acreditavam que a criação do mundo ocorreu durante uma série de períodos, mas sobretudo durante duas eras: Te Po (a eras das Trevas Desconhecidas) e Te Ao (a era da Luz).

Na cultura Chibcha
Os Chibcha eram povos que viviam nas terras altas, hoje chamadas de Colômbia. Acreditavam num deus supremo que se desfez em pássaros negros que levavam a luz a todo o mundo. Depois de iluminar o mundo, esta mesma divindade criou o sol e a lua.

Na cultura nativa norte-americana
Os povos indígenas acreditam em diversas histórias (que mudam de tribo para tribo) para explicar a origem do mundo. Entre estas, as duas mais populares e mais comuns são a história de dois irmãos que estavam à procura dos seus pais verdadeiros, e a história catastrofista do Grande Chefe.
(Síntese do trabalho dos alunos David Garcia, Fábio Baptista, João Bernardo e Nuno Lopes)

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mitos - exposição durante a Semana Cultural

Cartazes elaborados no âmbito do programa da disciplina de Filosofia pelas turmas 10º 2 e 10º 6. e expostos durante a Semana Cultural.

A última ceia em 12/12/2012

Escrita e interpretada por alunos do 10º 2, a peça intitulada "A última ceia" foi encenada pelo professor de Português da turma, João Pedro Aido:

Sinopse da (micro)peça sobre o fim do mundo:

A última ceia

Uma família com dois filhos, classe média alta, uma empregada mexicana.
Apesar da crise, e como têm uma casa grande, decidiram ser uma família de acolhimento para dois estudantes estrangeiros.
Colocaram o anúncio na Internet, no sítio da universidade onde trabalha o pai, na ONG onde trabalha a mãe e na associação que faz intercâmbio de estudantes.  
Acabaram por receber um estudante de antropologia, de origem líbia, Malik Kadar, de 19 anos, e um rapaz budista americano de origem indiana, Ary Tsuy, de 17 anos.
As crenças da família são confrontadas, no dia a dia, com as das outras pessoas: o pai, Jorge Simões, 43, que trabalha num laboratório de nanotecnologia, é um cientista ateu apesar da educação religiosa que recebeu; a mãe, Fernanda Sousa, 38, responsável de uma ONG de voluntários que trabalham sobretudo em países africanos, é cristã mas não pratica – interessa-se mais pela rede de voluntários que a sua ONG tem em todo o mundo; a filha mais velha, Mariana, 16,  não liga à religião e interessa-se sobretudo pela sua rede de amigos e pelos estudos de filosofia, ainda que tenha um interesse particular no americano, Ary Tsuy, com ideias budistas; o filho mais novo, Martim, 10, é ainda uma criança, mas de personalidade forte, e prefere jogar com os amigos na PS3.
Um programa de televisão (um documentário sobre o fim do mundo), uma noite, gera uma discussão entre todos – a discussão é inconclusiva, porque as ideias não são consensuais (e cada um tem a sua).
O pai, ateu, cientista, utiliza o seu conhecimento científico para defender que o fim do mundo está inimaginavelmente longe. A empregada mexicana, Rosalinda Rodriguez, 43, que mantém uma relação secreta com Jorge, é a mais fervorosa – e percebe-se porquê: recorrendo às suas crenças religiosas, diz que, na verdade, o mundo irá acabar muito em breve, à meia-noite do dia 12 de dezembro de 2012; ela acredita mesmo que é o dia do fim do mundo, tal como se ‘mostra’ na televisão, e por isso quer estar junto daqueles que considera a sua família. Por sua vez, a mãe, invocando também as suas crenças religiosas, em que não parece acreditar muito, diz que o fim do mundo será quando o Messias descer à terra e derrotar o Anticristo, no dia do Armagedão, acreditando, no entanto, que o mundo espiritual nunca acabará. É neste mundo espiritual que acredita a filha – e os jovens não conseguem levar demasiado a sério esta ideia de fim, em que a ideia budista de recriação parece mais interessante.
A amizade entre todos, e o amor, sobrepõe-se às diferenças, que parecem, no entanto, irreconciliáveis. A vida parece triunfar: o líbio, a filha e o americano acabam por sair para se divertir. O pai ainda fica a trabalhar e a mãe recebe um telefonema de uma voluntária norueguesa. A empregada mexicana vai deitar a criança e fica a falar-lhe sobre o seu medo do fim. Conta-lhe uma história.
A criança adormece. E a empregada mexicana continua no sonho a contar-lhe a história do fim do mundo, agora cada vez mais próximo e em contagem ‘decrescente’. O momento do fim da contagem é também o momento do fim do sonho e a criança acorda. Afinal foi tudo um sonho?

 10º2, novembro de 2012


quinta-feira, 18 de abril de 2013

Luz, mensageira do Universo:experiências com leitura


Os alunos do 10º6 deram voz às palavras de autores consagrados, como António GedeãoMia Couto, Clara da Costa. Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, Álvaro de Campos, Sophia de Mello Breyner, Silvia Giovatto, Guida Linhares, Mª Teresa Neves e Herberto Hélder. Alguns, mais arrojados, partilharam os textos da sua autoria, intercalando com as experiências realizadas e apresentadas pelos colegas do 10º 2, à volta do tema "Luz, mensageira do Universo".



                                                          Poema de Tiago Costa (10º 6)


São rotas indefinidas
São raios de vida
Perdidos esquecidos
Na imensidão do nada
Viajando no Universo destemido
São eles os feixes de luz
Que para nós o Sol produz.

O primeiro debate e o filme "2001, Odisseia no Espaço"




O projeto já estava em curso há mais de um mês, depois de uma sessão de apresentação para a qual foi convidado um antigo aluno da escola, Rui Bastos, entusiasta colaborador do diálogo entre Ciência e Literatura e que terminou com um lanche temático, colorido e muito guloso, quando as duas turmas se encontraram no anfiteatro para um primeiro debate em torno da ideia de que é possível encontrar pontos de ligação entre o filme "2001, Odisseia no espaço" e o conto de Maria Judite de Carvalho, "Aquele azul". Não foi um exercício fácil, sobretudo pela densidade e extensão do filme mas alguns alunos participaram de forma bastante interessada.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Äta sova dö


Na segunda-feira, a turma 10.º2 vai ao Festival Internacional de Cinema Independente Indie Lisboa ver o filme Äta sova dö (Come, Dorme, Morre)de Gabriela Pichler:
Sinopse desta longa-metragem sueca: Rasa é uma jovem imigrante bósnia que trabalha numa fábrica na Suécia onde empacota legumes. Quando a administração decide despedir pessoas para diminuir custos, Rasa é uma das dispensadas. O seu mundo, a partir desse momento, nunca mais será o mesmo. Ela não é uma menina frágil, é mais rude do que encantadora, mas é uma filha dedicada, sociável e estimada pelos colegas. Perder o emprego vai obrigá-la a escolher entre estagnar, contentar-se com a pouca ou nenhuma oferta de trabalho ou abdicar dos amigos e abandonar o pai para recomeçar do início noutro lugar qualquer. Assustadoramente real e atual, este é também um retrato do sistema capitalista, da lógica do lucro e do consequente sacrifício do tecido social.

terça-feira, 16 de abril de 2013

Manchas solares

Os alunos do 10.º2, de Ciências e Tecnologias, observaram manchas solares, no dia 13 de novembro, durante a aula de Ciências Físico-Químicas. Eis aqui as fotos:


No dia 8 de fevereiro, um grupo de alunas orientou uma observação de manchas solares dirigida a alunos do sétimo ano. Mais tarde, no dia 18 de fevereiro, um grupo de alunos orientou uma sessão noturna de observação de Júpiter, com a presença de alunos de outras turmas e encarregados de educação.


segunda-feira, 15 de abril de 2013

A luz e a sombra

O artista coreano Bohyun Yoon interessa-se pelo jogo de luz e sombras, criando em várias instalações coreografias que parecem corpos ou fragmentos de corpos, nalguns casos sem sentido evidente - e é a luz que neles incide que permite dar-lhes um determinado sentido e uma interpretação, que pode ser política, social, sexual ou outra. É o caso da instalação Structure of Shadow ou outras que podem ser vistas na sua página pessoal, em vídeos e imagens do seu trabalho:


Que a Estante nos Caia em Cima

Rui Bastos, estudante de Engenharia Biomédica e leitor compulsivo, escreve sobre o livro Youth, um romance de ficção científica de Isaac Asimov, no seu blogue Que a Estante nos Caia em Cima:

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Visita a Sintra


No dia 9 de Novembro, a minha turma realizou uma visita de estudo à Serra de Sintra e região envolvente, o “Glorious Eden”, que tanto serviu de inspiração a Lord Byron, e que é hoje em dia Património Mundial da Unesco.
   A visita começou com uma primeira paragem na vila de Cascais, mas não vimos nenhuma “tia”… Aproveitámos os 30 minutos concedidos pelos professores para passear na vila e no cais, onde os pescadores pescavam polvo, o animal conhecido nas histórias por ser 10 vezes maior e afundar e engolir barcos (por isso mesmo se chamam histórias, na realidade quem é engolido é mesmo o polvo…). Mas sim, a vila de Cascais era muito interessante, e em cada esquina era possível identificar um idioma diferente nas conversas de circunstância das pessoas, apesar de a maioria delas ser na língua em que Shakespeare exprimiu a sua arte.
   A paragem seguinte foi na Boca do Inferno, um enorme amontoado de pedras (se a professora de Geologia lesse isto…), esculpidas pelo mar e pelo tempo. Mais uma vez era possível observar os pescadores a darem de comer ao anzol.
   O autocarro, de seguida, levou-nos até à Praia do Guincho, que percorremos a pé de uma ponta à outra (senhores doutores que dizem que andar emagrece, eu saí de lá tão redondo como entrei…), e onde encontrámos um simpático casal de turistas italianos, que aceitaram tirar-nos uma foto em grupo. Do outro lado da praia, alguns colegas decidiram escalar as rochas, e outros ir ao banho (e o maluco sou eu? Diria o Scolari…).
   O itinerário (e uma barriga ronronante…) levou-nos à Lagoa Azul, que, apesar de ter este nome, tinha uma cor real que era muito diferente (ainda não sou daltónico, certo?). Cada um regalou-se com os alimentos que tinha, ganhando combustível para o que aí vinha. Mais uma pausa de meia hora para fazer a digestão (apesar dos patos da lagoa trazerem à memória um belo arroz de pato…) e passear um bocado pelos arredores.
   Próxima paragem: Vila de Sintra. Estava tudo muito bem até começarmos a “escalar” a infindável Serra de Sintra até ao Castelo – sinceramente, ninguém merece! Após muito andar e suar, lá chegámos ao Castelo dos Mouros.
   Os mouros podiam ser muito bons a construir castelos, mas se soubessem construir elevadores, aí sim, mereciam crédito! Lá subimos ao castelo, com as cãibras a começarem a dar sinal de vida… Mas, tenho de admitir, a vista panorâmica sobre a capital era impagável, sempre com o belo Palácio da Pena à espreita. Se a subida até ao castelo foi grande, que dizer da descida…
   Já novamente na vila, os gulosos aproveitaram para comprar doces típicos da região.
   E por aqui ficou mais uma visita, mas esta para quem só teve uma visita desde o 7º ano, soube por mais, muitas mais.

Fábio Baptista